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Nísia Floresta (Dionísia Gonçalves Pinto), conhecida pelo pseudónimo Nísia Floresta Brasileira Augusta, nasceu a 12 de outubro de 1810, na fazenda Floresta, que hoje corresponde ao município de Nísia Floresta, no estado do Rio Grande do Norte, Brasil.
Era filha do advogado português Dionísio Gonçalves Pinto e da brasileira Antônia Clara Freire. Cresceu num ambiente marcado por grandes transformações políticas e sociais, que influenciaram a sua formação e visão de mundo.
Em 1832, aos 22 anos, publicou o livro Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens, considerado o primeiro manifesto feminista do Brasil. Nesta obra, critica a educação limitada que era oferecida às mulheres e defende a igualdade de direitos entre os sexos.
Em 1838, fundou o Colégio Augusto, no Rio de Janeiro, uma escola pioneira que proporcionava educação para meninas, incluindo disciplinas como ciências, línguas e literatura, contrariando a norma da época que restringia o ensino feminino às artes domésticas.
Nísia Floresta viveu cerca de 28 anos na Europa, residindo em cidades como Paris, Roma, Florença, Berlim e Londres. Durante esse período, manteve contacto com intelectuais de renome, como Auguste Comte, Victor Hugo e Alexandre Dumas. Essas experiências europeias enriqueceram a sua produção literária e fortaleceram o seu compromisso com a educação e os direitos das mulheres.
Entre as suas principais obras destacam-se: Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens (1832), Conselhos à Minha Filha (1842), Opúsculo Humanitário (1853), Trois Ans en Italie (1861) e Fragments d’un Ouvrage Inédit: Notes Biographiques (1878).
Nísia faleceu em Rouen, França, a 24 de abril de 1885, aos 74 anos. Os seus restos mortais foram trasladados para o Brasil em 1954 e enterrados no sítio Floresta, na sua cidade natal, que passou a chamar-se Nísia Floresta em sua homenagem.
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