Título: Não fossem as sílabas do sábado
Série: -
Autor: Mariana Salomão Carrara
Data de Leitura: 26/05/2025 ⮞ 07/06/2025
Classificação: ⭐⭐⭐⭐
Sinopse
Uma tragédia acaba com uma família, um amor, uma história. Mas outra história também pode começar nela. Um absurdo acidente tem a possibilidade de unir as mulheres que restaram dele, num duro e ao mesmo tempo terno embate de isolamentos. Depois da morte de André, o lar de Ana fica dolorido. Sem o marido, ela passa a gestar a filha órfã e a lidar com Francisca, a babá que intervém com seus tentáculos de ajuda, e também Madalena, a vizinha, viúva do outro homem envolvido no absurdo acidente que vitimou André.
Minha review no GoodReads
Não é que o tempo diminua a saudade, o que ele faz é diluir a memória.
Esta frase surge quase no fim do romance, mas resume o assunto do livro: a perda de um ente querido, o luto e as suas diversas fases, a perda das memórias conjuntas, etc.
É a história de duas mulheres, Ana e Madalena, que se cruzam devido a uma tragédia:
Faz mais de nove anos que estou presa dentro daquela meia hora.
Na frente do prédio os dois homens amalgamados no asfalto, (.) O André dobrado ao meio, os paramédicos tentando separar os dois, (.) só entendi ao olhar para o lado e ver o nosso porteiro, ele tinha os olhos alargados (.) e quando ele me encarou essa água toda despencou de repente assim em dois jatos de lágrima e só então desmaiei.
Acabam, apesar da mágoa, por se ajudar mutuamente a reaprender a viver na nova realidade.
Embora, no início, tenha sentido alguma resistência ao estilo de escrita da autora, depois de lhe apanhar o jeito tornou-se uma excelente leitura. Vou querer ler mais de Mariana Salomão Carrara.