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[Opinião] Vidas Secas - Graciliano Ramos


       

Título: Vidas Secas

Série: -

Autor: Graciliano Ramos

Data de Leitura: 01/11/2019 ⮞ 07/11/2019

Classificação: 


Sinopse

Lançado originalmente em 1938, Vidas secas retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. O pai, Fabiano, caminha pela paisagem árida da caatinga do Nordeste brasileiro com a sua mulher, Sinha Vitória, e os dois filhos, que não têm nome, sendo chamados apenas de “filho mais velho” e “filho mais novo”. São também acompanhados pela cachorrinha da família, Baleia, cujo nome é irônico, pois a falta de comida a fez muito magra.

Vidas secas pertence à segunda fase modernista da literatura brasileira, conhecida como “regionalista” ou “romance de 30”. Denuncia fortemente as mazelas do povo brasileiro, principalmente a situação de miséria do sertão nordestino. É o romance em que Graciliano alcança o máximo da expressão que vinha buscando em sua prosa: o que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro.


Minha review no GoodReads


Graciliano Ramos (1892-1953) foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político, militante comunista e memorialista brasileiro do século XX. Nasceu no estado de Alagoas e viveu em algumas cidades do nordeste brasileiro até se fixar definitivamente no Rio de Janeiro, onde viria a morrer.

Vidas Secas é um pequeno livro com apenas 13 capítulos, que podem ser lidos pela ordem que o leitor entender (cada capítulo tem o seu próprio enredo) à excepção do 1º Mudança e do 13º Fuga, e que nos conta a história de uma família de retirantes nordestinos, que luta pela sobrevivência no sertão nordestino.
As personagens são vítimas da seca, da miséria e da fome, mas são também um retrato do atraso e da ignorância.
Vidas Secas foi publicado em 1938, mas desengane-se quem pensa que não há situações destas pelo sertão brasileiro em pleno século XXI.

Retirantes, Candido Portinari, MASP