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[DNF] Alegrias e Tristezas de Martha Friel - Meg Mason

                                 


  

Título: Alegrias e Tristezas de Martha Friel

Série: -

Autor: Meg Mason

Data de Leitura: 12/10/2025 ⮞ 22/10/2025

Classificação: 


Sinopse

Todos dizem que Martha Friel é inteligente e bonita, uma escritora brilhante que sempre foi amada durante toda a sua vida adulta por um homem, o seu marido Patrick. Um presente que, segundo a sua mãe, nem todos têm.

Então, porque está tudo destruído? Porque é que Martha, prestes a fazer quarenta anos, não tem amigos, salta de um trabalho mau para outro e está sempre triste? E porque é que Patrick se foi embora?

Talvez seja demasiado sensível, alguém que acha, muito mais do que a maioria das pessoas, que viver é muito difícil. Ou, talvez (o que Martha sempre achou) algo não funcione dentro dela. Algo que explodiu no seu interior quando tinha dezassete anos e a mudou de tal forma que nenhum médico, terapia ou droga conseguiu explicar ou desfazer os seus males.

Obrigada a viver novamente com os seus pais, boémios e disfuncionais, no lar da sua infância num bairro londrino pitoresco, mas sem a ajuda inestimável e devota da sua irmã Ingrid, Martha tem uma última aceitar que a sua vida está demasiado destruída para a melhorar ou começar de novo e escrever um fim melhor para ela.

Um best seller internacional, um romance que se lê compulsivamente, agudo, intrigante, sombrio e enternecedor e que combina a perspicácia psicológica de Sally Rooney com o humor agudo de Nina Stibbe e a ressonância emotiva de Eleanor Oliphant.



Minha review no GoodReads


DNF 31%


Estou numa fase de mau karma literário — ou então lançaram-me uma urucubaca de leitora. É já a terceira desistência do mês.


O ritual de limpeza energética já está em curso!



O título prometia alegrias e tristezas, talvez uma história agridoce sobre crises pessoais, com humor e uma pitada de melancolia.

Mas Martha Friel é uma mulher sem rumo, à deriva — e não há mal nenhum nisso, desde que a história nos interesse.

Não foi o caso. Nem a escrita, nem a personagem, nem o humor me conquistaram.


As tristezas ficaram; as alegrias faltaram à chamada.


Nova Zelândia

[Opinião] A Porta do Destino - Agatha Christie

                               


Título: A Porta do Destino

Série: Tommy & Tuppence #5

Autor: Agatha Christie

Data de Leitura: 12/10/2025 ⮞ 22/10/2025

Classificação: 


Sinopse

Quando Tommy e Tuppence se mudam para uma pacata vila inglesa, vão em busca de uma vida mais calma que a de Londres. Mas rapidamente percebem que a sua nova casa guarda muitos e perigosos segredos. Quem foi Mary Jordan? Porque é que alguém lhes deixou uma mensagem codificada afirmando que ela não morreu de causas naturais? O casal não resiste a fazer uma viagem no tempo em busca da solução deste crime. E acaba a perguntar-se quantos mais mistérios se esconderão por detrás da serena fachada da vida rural …

A Porta do Destino (Postern of Fate) foi originalmente publicado em 1973 na Grã-Bretanha, tendo sido editado no mesmo ano nos Estados Unidos.



Minha review no GoodReads


Conhecemos Tommy e Tuppence jovens, irreverentes, desempregados, ousados, cheios de energia e vontade de aventura em O Inimigo Secreto (1922).


Acompanhamo-los enquanto jovens adultos em Unidos pelo Crime (1929), onde a cumplicidade e o humor marcam o tom de um casal que se diverte a brincar aos detectives.


N ou M? (1941) , a guerra e o tempo trazem responsabilidades e uma consciência política mais séria.


A Premonição (1968), já envelhecidos, investigam um mistério que é também uma meditação sobre a memória, a solidão e o passar dos anos.


Com A Porta do Destino (1973), Agatha Christie encerra não apenas a história de Tommy e Tuppence Beresford, mas também a sua própria carreira literária — é o último livro que escreveu.

Tommy e Tuppence estão no crepúsculo da vida. Reformados, mudam-se para uma casa antiga, cheia de livros e segredos do passado, onde descobrem uma mensagem que alude a um crime esquecido:


Mary Jordan não morreu naturalmente. Foi um de nós. Creio que sei qual.


A história é lenta, confusa, cheia de repetições e diálogos desnecessários, e perde a energia e o brilho logo nos primeiros capítulos. O crime em si é irrelevante, mas, sendo Tommy e Tuppence as únicas personagens de Agatha Christie que envelhecem com o tempo, faz sentido fechar o ciclo.

Como policial, o livro decepciona — mas como despedida, talvez faça sentido…

[Opinião] Desconhecido Nesta Morada - Kathrine Kressmann Taylor

                               


    

Título: Desconhecido Nesta Morada

Série: -

Autor: Kathrine Kressmann Taylor

Data de Leitura: 19/10/2025 ⮞ 20/10/2025

Classificação: 


Sinopse

Max e Martin são amigos dedicados e coproprietários de uma galeria de arte nos Estados Unidos da América. Quando, em finais de 1932, Martin decide voltar para a sua Alemanha natal com a família, os dois mantêm-se em contacto através de cartas e é a partir da sua troca de correspondência que se constrói este romance. Max, em São Francisco, continua a gerir o negócio, especialmente próspero entre a comunidade judaica, a que ele pertence. Já Martin, na Alemanha, encontra um país em transformação, que tem sobre ele um impacto inultrapassável.


Minha review no GoodReads


Desconhecido Nesta Morada foi publicado a 1 de setembro de 1938 na revista Story, um ano antes do início da Segunda Guerra Mundial e muito antes de o Holocausto se tornar de conhecimento público.

Em apenas meia dúzia de cartas trocadas entre dois amigos e sócios, Kathrine Kressmann Taylor condensa toda a tragédia do século XX.

A troca epistolar começa num tom caloroso, íntimo e amistoso, mas, à medida que o nazismo se instala na Alemanha, a empatia desaparece e a alienação cresce.

[Opinião] Uma Mulher Não é Um Homem - Etaf Rum

                                   


 

Série: -

Autor: Etaf Rum

Data de Leitura: 15/10/2025 ⮞ 19/10/2025

Classificação: 


Sinopse

Este romance surpreendente leva-nos numa viagem às vidas das mulheres árabes que vivem nos Estados Unidos e ao impacto que a cultura patriarcal pode ter no seu silêncio, ainda nos dias de hoje.

Em Brooklyn, chegou a altura de Deya, com dezoito anos, se encontrar com potenciais maridos. Embora casar não faça parte dos seus planos, os avós não lhe dão escolha. A única forma de garantir um futuro é por meio do casamento com o homem certo.

A história repete-se: Isra, a mãe de Deya, também não teve escolha quando, ainda adolescente nos anos noventa, deixou a Palestina para se casar com Adam nos Estados Unidos. Deya tenta fazer o que a sua mãe não conseguiu — libertar-se das tradições violentas e misóginas e forjar o próprio caminho. Mas o choque entre culturas vai fazê-la descobrir segredos complexos e obscuros que se escondem na sua família.

Numa narrativa sobre trauma, liberdade e peso cultural, esta é uma história sobre mulheres que continuam a nascer sem voz e que lutam por conseguir resistir às restrições patriarcais projetadas para as tornar invisíveis.


Minha review no GoodReads


Mulheres oprimidas que se tornam opressoras.


É com esta frase que começo, porque nenhuma outra traduz tão bem Uma Mulher Não é um Homem, de Etaf Rum. É um livro sobre mulheres aprisionadas nas tradições, nos silêncios, nas casas e, sobretudo, nas culpas herdadas. Mas é também sobre a forma como essas correntes se perpetuam: de mãe para filha, de sogra para nora, de mulher para mulher. É um ciclo tenebroso que permite à vítima, em muitos casos, tornar-se carrasco das mesmas regras que a prendem.

Ler Uma Mulher Não é um Homem é como entrar numa prisão de mulheres cujas asas foram cortadas antes mesmo de saberem que com elas podiam voar.


Isra, a jovem palestiniana que inicia esta história, é o retrato da esperança sufocada. Casada aos dezassete anos, muda-se para os Estados Unidos com a ilusão de que o novo continente poderá ser também um novo começo. Porém, o que encontra é apenas uma prisão com paredes diferentes. A casa em Brooklyn torna-se o prolongamento da sua aldeia natal. Continua sem voz, sem escolha, sem amor.

A autora dá-lhe uma consciência silenciosa — Isra percebe o absurdo, sente o peso, mas não consegue libertar-se, falta-lhe coragem para quebrar o ciclo.


Fareeda, a sogra, é o espelho de Isra. É uma mulher dura, controladora, que exige obediência e perpetua o mesmo sistema que um dia a esmagou. É muito fácil odiá-la, mas a autora não a descreve como vilã, mas sim como mais um produto do medo — do que acontece quando a dor se converte em regra, quando o trauma vira tradição.


(…) nos primeiros tempos do casamento, lembrava-se sempre a si mesma de que o seu papel era de subordinada, submetendo-se ao temperamento dele por medo de ser agredida. Mas, independentemente de quão sossegada fosse, de quanto tentasse agradar, muitas noites terminavam com uma tareia. (…) Aquelas tareias deixavam-lhe a cara roxa e azul, as costelas doridas a ponto de lhe doer respirar, um braço tão cruelmente torcido que não conseguia carregar água durante semanas.


Tendo sido moldada por uma cultura que mede o valor da mulher pela quantidade de filhos homens que gera, Fareeda acredita estar a proteger a família e a preservar a honra.


Fareeda só tinha uma filha, Sarah, que era para Fareeda o que Isra era para a mãe: um pertence temporário, que só era necessário quando era preciso cozinhar ou limpar a casa.


No fundo, é o retrato mais cruel da opressão, aquela que acredita estar a fazer o bem.


Sarah, a cunhada de Isra, é uma jovem que ousa imaginar outra vida. É talvez a primeira fissura nesta estrutura sufocante. Quando Isra se resigna, Sarah inquieta-se; quando Isra obedece, Sarah questiona.

Percebe-se que Sarah deseja voar, escapar e viver uma vida diferente, mesmo que isso signifique abdicar da família e carregar essa culpa consigo.


E, finalmente, há Deya, filha de Isra, neta de Fareeda — a nova geração, a voz que tenta quebrar o ciclo. Crescida nos Estados Unidos, Deya vive num limbo entre dois mundos: o americano, que a convida a sonhar, e o palestiniano, que a obriga a submeter-se. A avó quer casá-la; ela quer estudar.

Quando a verdade sobre o destino da mãe vem à tona, Deya percebe que não basta viver num país livre para ser livre — é preciso quebrar o legado de silêncio, de submissão, de desejo sufocado e da exigência de que o único papel aceitável para uma mulher é casar, ter filhos (de preferência um filho homem) e desaparecer atrás de uma porta.


Não há nada neste mundo para as mulheres além do bayt wa dar, a casa e o lar. Casamento, maternidade… É esse o único valor da mulher.


Num tempo em que assistimos a retrocessos no respeito e na liberdade das mulheres, Uma Mulher Não é um Homem é mais do que um romance, é um grito. Um grito de quem nunca pôde gritar. Um alerta para o perigo do silêncio.


Dou-lhe cinco estrelas, não pela história em si — que é dura e cruel —, mas pela coragem. Pela libertação. Pela vontade de mudar mentalidades.

E, sobretudo, porque este livro mostra que as trevas não se combatem apenas fora de casa — combatem-se dentro, onde tantas mulheres ainda confundem submissão com destino.

É disso que este livro fala:

da coragem de rasgar o silêncio, de quebrar o ciclo, de lembrar que uma mulher livre não usa burqa — nem por fora, nem por dentro.



Achievement Fiction Faves


[Opinião] Lobos - Tânia Ganho

                                 


  

Título: Lobos

Série: -

Autor: Tânia Ganho

Data de Leitura: 01/10/2025 ⮞ 17/10/2025

Classificação: 


Sinopse

Fedra passou mais de vinte anos nalguns dos piores lugares da Terra. Depois de ter estado no Ruanda, Kosovo, Iraque, Mali, a antropóloga forense regressa por fim a casa. O seu novo trabalho no Instituto de Medicina Legal obriga-a a mergulhar diariamente nas profundezas sórdidas da dark net, uma experiência irreparavelmente solitária.

Stefan vive na cabana que construiu numa floresta. Após décadas de nomadismo, o antigo repórter de guerra alemão leva uma vida de eremita, procurando na sua relação com a natureza um contraponto à crueldade humana que testemunhou.

Leonor, uma adolescente de 14 anos, isola-se no apartamento familiar, num bairro privilegiado de Lisboa, após ser vítima de um crime sexual. Helena, a mãe, revela-se incapaz de lidar com o trauma e refugia-se numa obsessão que ameaça destruí-la a ela e à filha.

Nos bastidores destas vidas que se entrelaçam, Amélia, uma mulher no limite da memória e da sobrevivência, guarda a chave de um mistério que poderá nunca ser desvendado.

O regresso de Tânia Ganho à ficção apresenta-nos pessoas que enfrentam os seus demónios num momento de viragem das suas vidas e do mundo.



Minha review no GoodReads


Lobos é, antes de mais, um romance de personagens. Tânia Ganho constrói um enredo povoado de mulheres marcadas por silêncios, culpas e traumas, onde cada uma carrega uma ferida antiga que se vai revelando aos poucos. É um livro sobre sobrevivência — a dos lobos, mas também a dos humanos.

Amélia, mãe de Fedra e Helena, avó de Leonor, vive sob o peso do Alzheimer

Fedra, antropóloga forense, trabalha no Instituto de Medicina Legal e investiga pedófilos na dark web. É uma mulher racional, científica, com uma frieza que, por vezes, parece a única forma possível de se proteger do horror que observa. Fiquei com pena de que a sua profissão — tão rica em possibilidades — não tivesse sido mais explorada.

Helena, a outra filha de Amélia, vive aprisionada numa insatisfação constante; é difícil simpatizar com ela, sobretudo na forma como lida com a filha, Leonor, uma adolescente de 14 anos vítima de sexting e de uma exposição cruel.

Stefan, um velho conhecido de Fedra, é um antigo fotógrafo de guerra que acaba em Portugal, onde cria um santuário de lobos

Há muitos temas em Lobos: Exposição sexual não consentida, o abuso sexual, a perda da memória, a dark web, a pandemia, os horrores da guerra e, claro, os próprios lobos. Por vezes, são tantos temas que alguns acabam por ficar por desenvolver. 

A escrita é, como sempre, impecável. Tânia Ganho escreve muito bem e é, claramente, uma autora perfeccionista. Um romance sólido, em que os lobos se destacam e dão força à história.


#incunábulos @mastodon


[DNF] Bem-vindos à Livraria Hyunam-dong - Hwang Bo-Reum

                                   



Título: Bem-vindos à Livraria Hyunam-dong

Série: -

Autor: Hwang Bo-Reum

Data de Leitura: 12/10/2025 ⮞ 14/10/2025

Classificação: 


Sinopse

Esta é uma história sobre aceitação e como os livros podem mesmo salvar as nossas vidas. Perfeita para quem procura um romance acolhedor e comovente.

Há muitas livrarias, mas a Hyunam-dong é muito especial. É a «casa» de Yeongju, o sonho da sua vida. Desmotivada, ela sentia que os seus dias eram um autêntico vazio e decidiu largar tudo para concretizar um grande e antigo desejo: abrir uma livraria. Pode não ser fácil, porém… À medida que Yeongju põe tudo de si naquele espaço e na forma como acolhe os clientes, descobre verdadeiramente quem é.

E, conforme as pessoas falam com ela e procuram mais e mais a Livraria Hyunam-dong como um lugar para perceber o que realmente conta na vida, a partilha de sentimentos prova que todos podem, afinal, encontrar o seu lugar.

Romance que nos faz mergulhar numa sensação profunda de reconhecimento e bem-estar, esta é a história que já mostrou a milhões de pessoas em todo o mundo que os livros podem mesmo tirar-nos de sítios escuros, mudar-nos e curar as nossas feridas - na alma e no coração.


Minha review no GoodReads


DNF Pág 28


Comecei Bem-vindos à Livraria de Hyunam-dong cheia de boa vontade — e arrependi-me logo a seguir.

O que encontrei não foi um romance mas a forma sólida de uma potente infusão de valeriana.




A protagonista, Yeongju, larga tudo para abrir uma livraria.

E quando digo tudo, refiro-me também a qualquer resquício de carisma, simpatia, conflito, energia vital, chama interior, ou mesmo aquela centelha de humanidade que distingue uma personagem de uma pedra.

É como se a autora tivesse decidido escrever sobre o tédio — e conseguido com brilhante realismo.

Cada capítulo é um hino à monotonia: preparar café, arrumar livros, olhar para o tempo e pensar coisas "muito profundas" sobre café e o sentido da vida.

Há quem diga que o livro tenta ser uma espécie de healing literature, mas acho que a autora confunde lentidão com profundidade e, no fim, acaba por parecer um manual de mindfulness com pretensões literárias, cheio de frases do género Se conseguir sentir aquela felicidade uma vez mais, talvez possa começar de novo e outras pérolas de sabedoria Pinterest/Instagram.

Todos nós somos como uma ilha: sozinhos e solitários. Isso não é mau. A solidão liberta-nos, tal como o isolamento torna a nossa vida mais profunda. Nos meus romances preferidos, as personagens são como ilhas isoladas. Nos que adoro, as personagens costumavam sê-lo, até os seus destinos se interligarem gradualmente. São o tipo de histórias em que se sussurra: ‘Estavas aqui?’ E uma voz responde: ‘Sim, sempre.’ Pensamos para connosco: Estava um pouco só, mas, por causa de ti, sinto-me menos sozinha. É um sentimento maravilhoso e o livro que tem na mão dá-me um gostinho dessa alegria.


Tudo é tão zen que, quando comecei a ouvir música ambiente dentro da cabeça, desisti.


Uma verdadeira prova de resistência.

E eu falhei redondamente.

Também, quem me manda escolher um livro sobre uma livraria coreana?

Eu, que nem sou fã de literatura sul-coreana, achei boa ideia aventurar-me!



Achievement Heart-Warmers


[DNF] O Instituto - Stephen King

                                   


 

Título: O Instituto

Série: -

Autor: Stephen King

Data de Leitura: 07/10/2025 ⮞ 11/10/2025

Classificação: 


Sinopse

A meio da noite, na casa de uma rua tranquila de Minneapolis, intrusos matam silenciosamente os pais de Luke Ellis e levam-no numa carrinha preta. A operação demora menos de dois minutos. Luke vai acordar no Instituto, num quarto parecido com o dele mas sem janela. E há outras portas, que fecham outras crianças com talentos especiais telecineia e telepatia - e que ali chegaram da mesma maneira que Luke: Kalisha, Nick, George, Iris e Avery Dixon de dez anos. Todos eles estão na Metade da Frente. Luke fica a saber que há outros na Metade de Trás, de onde nunca se volta.

Na mais sinistra das instituições, a diretora, a senhora Sigsby, e a sua equipa dedicam-se impiedosamente a extrair dessas crianças a força de seus dons paranormais. Não há escrúpulos aqui. Se se colaborar, recebe-se fichas para as máquinas de venda automática. Se não, a punição é brutal. À medida que cada nova vítima desaparece para a parte de trás, Luke vai ficando cada vez mais desesperado para sair e pedir ajuda. Mas nunca ninguém conseguiu fugir do Instituto.



Minha review no GoodReads


DNF 30%


Saí da minha zona de conforto para ler algo do “mestre” Stephen King… e que decepção.


A história começa com Tim Jamieson, um ex-polícia que cede o seu lugar num avião a um funcionário do governo em troca de dinheiro e resolve seguir viagem à boleia pelas estradas dos Estados Unidos, rumo a Nova Iorque. Está numa fase de transição na vida, depois de ter deixado a carreira nas forças policiais. Tim aceita um trabalho simples como guarda-nocturno na pequena cidade de DuPray — um trabalho que parece tranquilo, com pouco risco e rotina previsível.


Mas, de forma abrupta, depois do capítulo 15, Tim desaparece sem explicações. Cheguei a pensar que me faltavam páginas do livro, mas não: Tim desaparece da face da terra, e a história muda para Luke Ellis.


Luke Ellis é um rapaz prodígio de 12 anos, que foi aceite no MIT e noutra universidade, e que tem capacidades psíquicas (telepatia e telecinese). Um exagero que se torna ridículo. A história recomeça com a tragédia da sua família: os pais de Luke são assassinados e ele é sequestrado por agentes do Instituto, uma organização secreta que captura crianças com poderes especiais.


Toda a cena do assassinato dos pais de Luke é risível. Aliás, os assassinos são tão desastrados que dá logo para perceber que este tal de Instituto é feito de gente a dar para o incompetente.


Luke acorda numa cópia do seu quarto, mas sem janelas. É tão inteligente que demora bastante tempo a perceber o que lhe aconteceu. Lá, encontra outras crianças com habilidades semelhantes, mas a atmosfera é opressiva e controladora. Os funcionários do Instituto usam técnicas de manipulação e punição para manter as crianças subjugadas e tentam explorar os seus poderes para fins obscuros.


Mas, como é óbvio, é preciso arranjar forma de Luke se rebelar — e nada mais, nada menos, do que receber um computador com internet. Com internet!!! E sem qualquer tipo de vigilância. Claro que Luke, com a inteligência que tem, descobre logo uma vulnerabilidade no sistema e consegue aceder ao mundo exterior. Really? Aqui já tinha revirado tanto os olhos que eles estavam alojados na nuca.


Tentei, não gostei, não tenho vontade de continuar. O Instituto é exagerado, previsível e incrivelmente preguiçoso.

Mestre? Só se for da Culinária…






Achievement  Spine Tinglers