Leonor de Almeida (1909–1983), homónima da Marquesa de Alorna, foi autora de quatro livros de poesia publicados entre 1947 e 1960, amplamente elogiados pela crítica. João Gaspar Simões considerou-a uma das melhores poetas contemporâneas portuguesas; Jacinto Prado Coelho saudou-lhe a «personalidade lírica invulgar»; Artur Portela descreveu-a como um «dos casos mais extraordinários da poesia moderna».
Em 1951, a revista A Serpente destacou-a como autora dos «mais fortes poemas até hoje assinados por um nome de mulher em Portugal». A sua obra foi também reconhecida por E. M. de Melo e Castro e Natália Correia, que a incluíram em importantes antologias. Contudo, após 1960, Leonor mergulhou num silêncio enigmático, afastando-se da vida literária.
A recente reedição da sua poesia tem permitido resgatar do esquecimento uma das vozes mais espantosas da poesia portuguesa do século XX, marcada por uma escrita densa, exigente e de singular intensidade.
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