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[DNF] Na Memória dos Rouxinóis - Filipa Martins

         



Título: Na Memória dos Rouxinóis

Série: -

Autor: Filipa Martins

Data de Leitura: 09/10/2022 ⮞ 20/10/2022

Classificação: 


Sinopse

Um romance extraordinário, feminino (embora sobre homens), em torno de um matemático que encomendou a sua biografia antes de morrer.

Jorge Rousinol é um matemático galego, que sempre defendeu o esquecimento como o melhor veículo para a tomada de decisões acertadas. No final da vida encomenda uma biografia sua a uma casa editora. Estranha decisão para quem nunca quis recordar. O biógrafo escolhido acaba por ser alguém com quem privara décadas antes e que se vê, ele próprio, enleado em memórias moribundas.

É um romance em três tempos (o do passado do biografado, o do passado do biógrafo - e o do presente, que os une), que vê no arrependimento outra forma de se lidar com as recordações. Biógrafo e biografado conseguirão, em parte, o que pretendem: não se trata de esquecer, mas sim de escrever uma confissão. Uma escrita fantástica, inesperada, inovadora - de uma leveza surpreendente. Diálogos muito bem escritos, sensuais. Incursões pela magia dos números primos. Desenlace inesperado.



Minha review no GoodReads

DNF pág 41


Consegui chegar à página 41 sem perceber absolutamente nada da história, sem conseguir lembrar-me do que li antes, ou melhor lembro-me de uma fórmula matemática e de umas considerações sobre o IKEA. Muito pouco para 40 páginas.


Não gostei da escrita demasiado elaborada e com momentos de calão absolutamente desnecessários.


Ao contrário do que se poderia adivinhar de uma meninice passada num lar masculino, Silvana não foi protegida pelos irmãos nem mimada pelo pai, a alcofa onde cresceu não era cor-de-rosa e abainhada com tules, e um bando de pássaros alados não lhe sobrevoaram o sono, compondo no teto uma pintura celestial e um pouco assustadora. Teve de erguer os punhos umas quantas vezes para se proteger da violência das brincadeiras dos irmãos e de aprender má linguagem. As mulheres que foram criadas entre homens e por homens desenvolvem cedo a técnica do murro nos colhões e andam com a latrina na boca.