Título: A Vegetariana
Série: -
Autor: Han Kang
Data de Leitura: 19/10/2024 ⮞ 24/10/2024
Classificação: ⭐⭐⭐
Sinopse
Uma combinação fascinante de beleza e horror.
Ela era absolutamente normal. Não era bonita, mas também não era feia. Fazia as coisas sem entusiasmo de maior, mas também nunca reclamava. Deixava o marido viver a sua vida sem sobressaltos, como ele sempre gostara. Até ao dia em que teve um sonho terrível e decidiu tornar-se vegetariana. E esse seu ato de renúncia à carne - que, a princípio, ninguém aceitou ou compreendeu - acabou por desencadear reações extremadas da parte da sua família. Tão extremadas que mudaram radicalmente a vida a vários dos seus membros - o marido, o cunhado, a irmã e, claro, ela própria, que acabou internada numa instituição para doentes mentais. A violência do sonho aliada à violência do real só tornou as coisas piores; e então, além de querer ser vegetariana, ela quis ser puramente vegetal e transformar-se numa árvore. Talvez uma árvore sofra menos do que um ser humano.
Minha review no GoodReads
Han Kang – Prémio Nobel da Literatura, 2024
"pela sua intensa prosa poética que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana"
A Coreia do Sul é um país do leste asiático que passou por uma grande transformação económica, tornando-se uma potência tecnológica e cultural. Tem uma indústria tecnológica pujante, uma cultura pop que se espalhou pelos quatro cantos do mundo, um sistema educacional rigoroso e é líder em inovação. No entanto, apesar de todo este sucesso, a Coreia do Sul enfrenta desafios como a baixa taxa de natalidade e uma intensa pressão social. A sua rica herança cultural mistura tradição e modernidade, atraindo anualmente milhões de turistas.
Apresentada a Coreia do Sul, falta dizer que não sou apreciadora de literatura asiática, e A Vegetariana não fez a diferença.
A narrativa é fragmentada, circular e apática, os diálogos e as emoções são contidos, e as personagens não geram qualquer empatia. Embora a história aborde temas relevantes, falta-lhe algo que envolva e agite as emoções. A crítica ao patriarcado, a denúncia da violência doméstica, a pasteurização dos costumes femininos e a intolerância em relação àqueles que optam por uma vida diferente estão presentes, mas senti a ausência de um impacto emocional maior.
Achei o segundo capítulo desnecessário e algo aleatório, não acrescentando à história além de um toque de erotismo oriental que me pareceu uma "pornochanchada".