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[Opinião] O Apartamento de Paris - Kelly Bowen

     


Título: O Apartamento de Paris

Série: -

Autor: Kelly Bowen

Data de Leitura: 28/04/2024 ⮞ 30/04/2027

Classificação: 


Sinopse

Uma história belíssima sobre a paixão, a intriga e a coragem durante a hora mais negra do mundo e a batalha de uma mulher para desvendar a verdade mais de meio século depois.

Paris, 1940: As tropas nazis podem ter ocupado Paris, a cidade do amor, mas a glamorosa Estelle Allard brilha num mundo alheio às agruras da guerra. Porém, quando assiste impotente ao desaparecimento dos seus amigos e conhecidos, promete a si própria tudo fazer para ajudar à derrota dos alemães. Custe o que custar. Ao mesmo tempo que combate o inimigo que pretende destruir tudo o que lhe é mais precioso, Estelle não pode adivinhar que as suas ações se estenderão até às gerações seguintes...

Paris, 2017: Quando Aurelia Leclaire obtém por herança um faustoso apartamento em Paris - que se revela uma cápsula no tempo intacta desde a Segunda Guerra Mundial -, fica chocada ao descobrir aquilo que parece ser um passado de segredos da sua avó, incluindo uma surpreendente coleção de obras de arte e vestidos de alta-costura. Uma pintura obscura, em particular, levá-la-á até Gabriel Seymour, um avaliador e restaurador de obras de arte que tem ele próprio o seu passado misterioso... Juntos, tentarão descobrir a verdade que se esconde no interior das paredes do apartamento de Paris.

A 75 anos de distância, sob a luz de uma Paris ameaçada e de uma Paris resplandecente, tanto Estelle quanto Lia terão de convocar toda a coragem para enfrentar os perigos de um mundo ameaçado, e em mudança, influenciando diretamente o curso da história - e o futuro da sua família - para sempre.


Minha review no GoodReads


Quando Aurélia Leclaire – Lia para os amigos - herda um luxuoso apartamento em Paris, fica chocada ao descobrir os segredos ocultados pela sua Grandmère - uma colecção impressionante de vestidos de alta-costura e um tesouro de arte com obras de renomados artistas como John Constable, John Singer Sargent, Henry Fuseli, Munch, Charles Le Brun, Pissarro, Morisot, Kirchner, Heckel, Chagall, Edgar Degas e Turner.

E descobriu que a Grandmère não lhe deixara um apartamento em herança.
Deixara-lhe um museu.

O apartamento, fechado por setenta anos, é como uma cápsula do tempo.

Lia passou os dedos ao longo de uma saia cor de safira antes de retirar a mão, com medo de estragar o tecido. Fechou o guarda-fatos e encostou a testa às portas duplas. Os vestidos, os sapatos, as peles — havia ali uma verdadeira fortuna em roupa. Como havia uma fortuna em mobiliário requintado e em obras de arte.
Tudo escondido durante mais de setenta anos.

É na busca por respostas sobre a vida desconhecida da avó que Lia desvenda como Estelle Allard sobreviveu na Paris ocupada pelos alemães e como enfrentou a perseguição nazista.
As coincidências entre os anos 40 e 2017 são muitas. No entanto, a história poderia alcançar ainda mais potencial se as duas linhas temporais estivessem mais intrinsecamente ligadas, indo além da partilha de um simples apartamento. Especialmente durante a ocupação nazista, o apartamento não tem grande interesse, uma vez que toda a acção se desenrola no Hotel Ritz.

Quando os alemães marcharam sobre Paris, o hotel Ritz foi dividido em dois (…)deixou de ser apenas um chamariz para os mais abastados, para a realeza, para os artistas e intelectuais, e passou a ser o quartel-general oficial da Luftwaffe.

Quanto ao romance entre Lia e Gabriel Seymour, que se insinua desde as primeiras páginas, era totalmente dispensável.