Título: Lolita
Série: -
Autor: Vladimir Nabokov
Data de Leitura: 29/06/2018 ⮞ 06/07/2018
Classificação: ⭐⭐⭐⭐⭐
Sinopse
«Quase quarenta anos depois, este romance tão artificial criou uma nova palavra internacional ("lolita"), inventou uma América — a dos motéis e autoestradas — de que se nutre ainda boa parte da narrativa americana contemporânea, é uma das obras com o inglês mais rico e preciso da literatura deste século e, ao contrário das acusações iniciais de pornografia que teve de sofrer, é talvez — e no que me diz respeito — o romance mais melancólico, elegante e lírico de quantos li.» [Javier Marías in Literatura e Fantasma]
«A única história de amor convincente do nosso século.»
[Vanity Fair]
«Nabokov escreve prosa do único modo que esta deve ser escrita, ou seja, extasiadamente.»
[John Updike]
Minha review no GoodReads
Lolita é uma obra que ao longo das décadas tem sido simultaneamente insultada e elogiada e, por isso, destinada a provocar intensos debates morais. Moralismos à parte, tem entrada directa para a prateleira dos favoritos. Que livro!
Nabokov venerava as palavras e acreditava que com uma linguagem apropriada era possível elevar qualquer material ao nível da arte. É o que ele faz em Lolita.
Narrada pelo nada confiável Humbert, Lolita é a história de um predador sexual à caça de uma criança/menina/rapariga de 12 anos.
Para descobrimos a verdadeira história de pedofilia, violação e assassinato temos que mergulhar nas palavras de Humbert, que com os seus truques linguísticos nos manipula, distrai, seduz, confunde, mas acima de tudo encanta.
Humbert é um mentiroso, todos os pedófilos são mentirosos! - este mantra é a âncora que nos permite não sermos completamente envolvidos.
A linguagem utilizada triunfa sobre o chocante conteúdo e dá-lhe uma beleza que talvez a obra não merecesse.
Definitivamente um livro para mais tarde reler.
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