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[Opinião] Eu, Malala - Malala Yousafzai

   


Título: Eu, Malala

Série: -

Autor: Malala Yousafzai

Data de Leitura: 22/07/2018 ⮞ 31/07/2018

Classificação: 


Sinopse

No dia 9 de outubro de 2012, Malala Yousafzai, então com 15 anos, regressava a casa vinda da escola quando a carrinha onde viajava foi mandada parar e um homem armado disparou três vezes sobre a jovem. Nos últimos anos Malala – uma voz cada vez mais conhecida em todo o Paquistão por lutar pelo direito à educação de todas as crianças, especialmente das raparigas – tornou-se um alvo para os terroristas islâmicos. Esta é a história, contada na primeira pessoa, da menina que se recusou a baixar os braços e a deixar que os talibãs lhe ditassem a vida. É também a história do pai que nunca desistiu de a encorajar a seguir os seus sonhos numa sociedade que dá primazia aos homens, e de uma região dilacerada por décadas de conflitos políticos, religiosos e tribais.


Eu, Malala é um livro que nos leva numa viagem extraordinária e que nos inspira a acreditar no poder das palavras para mudar o mundo


Minha review no GoodReads




Malala Yousafzai – Prémio Nobel da Paz, 2014

”Pela sua luta contra a discriminação das crianças e jovens e pelo direito destes à educação”


E o país sorteado para o mês de Julho foi: Paquistão.

Estive, vai, não vai, para refazer o sorteio!


Começo por confessar que aquele lado do planeta nunca me despertou qualquer curiosidade, por isso tenho poucos conhecimentos relativamente à sua história, cultura, política, religião e costumes. O pouco que sabia de Malala era que tinha recebido o Nobel da Paz em 2014.

O livro está dividido em cinco partes: Antes dos Talibãs – O vale da morte – Três meninas, três balas – Entre a vida e a morte – Uma segunda vida

Vê-se que houve uma preocupação de contextualizar os leitores ocidentais para a realidade em que vivem muitos paquistaneses e por isso Malala conta-nos um pouco da história do Paquistão e do Vale do Swat também conhecido como a Suíça do Oriente. Acompanhamos a rápida chegada dos extremistas ao “poder” e as alterações que isso acarreta nas vidas daquelas gentes.

Influenciada pelo pai para que estudasse e sonhasse em ser algo mais do que uma esposa e uma mãe começou a lutar pelos seus direitos.

Em 2009 participou de um documentário do NY Times Malala Yousafzai, a Pakistani girl whose school was shut down by the Taliban (o vídeo contém cenas de violência extrema e explícita). A partir daqui nunca mais se calou, tornou-se uma voz incómoda que despertou a ira dos Talibãs.


Malala merece 5 estrelas, pela sua luta pelos direitos das mulheres e das crianças, pela sua força, paixão, coragem, resiliência, por acreditar que mesmo no meio da desgraça e da violência é possível encontrar uma ténue luz que pode mudar o mundo, já o livro não merece tal classificação.

Retirando as emoções da equação acho que é um livro muito pesado do ponto de vista político, a escrita (vê-se que é de uma adolescente) é impessoal, por vezes desarticulada, e em alguns momentos parece mais uma peça jornalística.


Lá para aqueles lados do globo são precisas muitas Malalas.


Paquistão