Título: Uma educação
Série: -
Autor: Tara Westover
Data de Leitura: 24/11/2023 ⮞ 26/11/2023
Classificação:
Sinopse
Tara Westover cresceu a preparar-se para o Fim dos Tempos, para ver o Sol escurecer e a Lua pingar, como que de sangue. Passava o verão a conservar pêssegos e o inverno a cuidar da rotatividade das provisões de emergência da família, na esperança de que, quando o mundo dos homens falhasse, a sua família continuasse a viver.
Não tinha certidão de nascimento e nunca pusera um pé na escola. Não tinha boletim médico, porque o pai não acreditava em médicos nem em hospitais. Não havia quaisquer registos da sua existência.
O pai foi ficando cada vez mais radical com o passar do tempo, e o seu irmão, mais violento. Aos dezasseis anos, Tara decidiu educar-se a si própria. A sua sede de conhecimento haveria de a levar das montanhas do Idaho até outros continentes, a cruzar os mares e os céus, acabando em Cambridge e Harvard. Só então se perguntou se tinha ido demasiado longe. Se ainda podia voltar a casa.
Uma Educação é a história apaixonante de uma mulher que se reinventa. Mas é também uma história pungente de laços de família e de dor quando esses laços são cortados. Com o engenho dos grandes escritores, Tara Westover dá forma, a partir da sua experiência singular, a uma narrativa que vai ao cerne do que é a educação e do que ela nos pode oferecer: a perspetiva de ver a vida com outros olhos e a vontade de mudarmos.
Minha review no GoodReads
DNF 30%
O primeiro acidente de carro, o acidente no ferro-velho com o espigão de ferro que lhe trespassou a perna, as calças de Luke já secas, depois de ensopadas em gasolina, e que pegam fogo assim que acende o isqueiro e outras coisitas mais levam-me a desistir desta leitura.
É uma autobiografia com muita fantasia à mistura.
As memórias de infância são muitas vezes delicadas, especialmente quando relacionadas a eventos traumáticos. A forma como recordamos essas experiências é influenciada pelo desenvolvimento mental, pelas emoções envolvidas e pela própria natureza do trauma.
Em situações de trauma, o cérebro tem a tendência de proteger a pessoa, adaptando a memória para torná-la mais suportável. Isso pode resultar em perspectivas distorcidas dos acontecimentos, com as emoções intensas associadas ao trauma a colorir as lembranças e a levar a interpretações erradas ou representações distorcidas dos eventos.
A capacidade de processar e compreender completamente eventos pode ser limitada, e as crianças muitas vezes interpretam o mundo de maneira diferente dos adultos. Isso contribui para a criação de narrativas que, embora baseadas em experiências reais, podem não reflectir completamente a verdade objectiva dos acontecimentos, e não devem ser consideradas como a verdade absoluta.