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[Opinião] O meu nome é Lucy Barton - Elizabeth Strout

 


Título: O meu nome é Lucy Barton

Série:  Amgash #1

Autor:  Elizabeth Strout

Data de Leitura: 05/11/2023 ⮞ 10/11/2023

Classificação: 


Sinopse

Lucy Barton está numa cama de hospital, a recuperar lentamente de uma cirurgia que deveria ter sido simples. As visitas do marido e das filhas são escassas e pouco aproveitadas por Lucy. A branca monotonia dos dias de hospital é quebrada pela inesperada visita da mãe, que fica cinco dias sentada à sua cabeceira. Mãe e filha já não se falavam há anos, tantos quantos os que Lucy passou sem visitar a casa onde cresceu e os que a mãe passou sem a visitar em Nova Iorque, nem sequer para conhecer as netas.

Reunidas, as duas trocam novidades e cochichos sobre os vizinhos da infância de Lucy, mas, por baixo da superfície plácida da conversa de circunstância, pulsam a tensão e a carência que enformaram todos os aspectos da vida de Lucy: a infância de pobreza e privação no Illinois, a fuga para Nova Iorque (a única dos três filhos que o fez) e a desintegração silenciosa do casamento, apesar da presença luminosa das filhas. Com um passado que ainda a atormenta e o presente em risco iminente de implosão, Lucy Barton tem de focar para ver mais longe e para voltar a pôr-se de pé.

Mais ainda do que uma história de mãe e filha, este é um romance sobre as distâncias por vezes insuperáveis entre pessoas que deveriam estar muito próximas, sobre o peso dos não-ditos no seio das relações mais íntimas e sobre a solidão que todos sentimos alguma vez na vida. A entrelaçar esta poderosa narrativa está a voz da própria Lucy: tão observadora, sábia e profundamente humana como a da escritora que lhe dá forma.


Minha review no GoodReads

A história desenrola-se num quarto de hospital, onde Lucy Barton, uma escritora, reflete sobre a sua infância e a complicada relação com a sua mãe. A narrativa foca-se nas complexidades das relações familiares, especialmente na dinâmica entre mãe e filha. Apesar de aparentemente simples, revela-se rica em pressupostos e simbolismos, explorando temas como isolamento, perdão e identidade.

O cenário hospitalar serve como pano de fundo simbólico, e intensifica a introspecção de Lucy e explora não apenas a doença física, mas também as feridas emocionais.


A linguagem introspectiva permite-nos entrar nas complexidades das emoções das personagens.