Título: O Homem que Perseguia a Sua Sombra
Série: Millennium #5
Autor: David Lagercrantz
Data de Leitura: 07/09/2017 ⮞ 12/09/2017
Classificação: ⭐⭐
Sinopse
Lisbeth Salander cumpre uma curta condenação no estabelecimento prisional feminino de Flodberga e faz o possível por evitar qualquer conflito com as outras reclusas, mas ao proteger uma jovem do Bangladesh que ocupa a cela vizinha é imediatamente desafiada por Benito, a reclusa que domina o bloco B.
Holger Palmgren, o antigo tutor de Lisbeth, visita-a para a informar de que recebeu documentos que contêm informações sobre os abusos de que ela foi vítima em criança.
Lisbeth pede ajuda a Mikael Blomkvist e juntos iniciam uma investigação que pode trazer à luz do dia uma das experiências mais terríveis implementadas pelo governo sueco nos anos Oitenta do século XX. Os indícios conduzem-nos a Leo Mannheimer, sócio da corretora Alfred Ogren, com quem Lisbeth tem em comum muito mais do que algum deles podia pensar.
Em O Homem Que Procura a Sua Sombra, o quinto volume da série Millennium, David Lagercrantz construiu uma história emocionante sobre abuso de autoridade, e também sobre as sombras da infância de Lisbeth que ainda a perseguem.
Minha review no GoodReads
Às vezes, a morte não é o fim! Muitas vezes depois de um grande escritor nos deixar, as suas personagens voltam e continuam a brindar-nos com os seus percursos e aventuras. Lisbeth Salander é um desses exemplos.
David Lagercrantz até que fez um bom trabalho no livro A Rapariga Apanhada na Teia de Aranha e por isso esperava muito mais deste novo romance.
Fraquinho é apenas um dos adjectivos que me ocorrem no momento.
O início é prometedor, com Lisbeth a cumprir pena numa cadeia feminina de alta segurança e a tentar salvar a vida de uma mulher (Faria Kazi) originária de Dacca – Bangladeche.
Voltamos a encontrar-nos com a punk hacker e com Blomkvist e esperamos que a dupla dinâmica nos delicie com as suas aventuras contra o crime e a corrupção, mas infelizmente não é isso que acontece. Não há dupla Salander/Blomkvist. Aliás, a participação dos dois fica, na minha opinião, um pouco à margem da história.
Há muitos enredos, tentativas de colocar diversos assuntos da ordem do dia na história e demasiadas personagens que ocupam, desnecessariamente, quase toda a narrativa.
A parte mais bem sucedida, e talvez a única, é aquela onde o autor nos leva a descobrir a história de Lisbeth, as suas origens, a sua relação com Palmgren e a origem da emblemática tatuagem de dragão.
O final, onde poderíamos ter esperança de ver Lisbeth de volta à activa e aos bons velhos tempos, não foi bem conseguido, pareceu-me muito atabalhoado, e sem aquela ansiedade/medo que um bom thriller exige. Digamos que foi um anticlímax.
Espero que o autor se deixe de personagens e enredos “muleta” e nos devolva a anti-heroína e o seu fiel escudeiro que tanto gosto.