Título: Equador
Série: -
Autor: Miguel Sousa Tavares
Data de Leitura: 23/03/2015 ⮞ 29/05/2015
Classificação: ⭐⭐⭐
Sinopse
Quando, em Dezembro de 1905, Luís Bernardo é chamado por El-Rei D.Carlos a Vila Viçosa, não imaginava o que o futuro lhe reservava. Não sabia que teria de trocar a sua vida despreocupada na sociedade cosmopolita de Lisboa por uma missão tão patriótica quanto arriscada na distante ilha de S. Tomé. Não esperava que o cargo de governador e a defesa da dignidade dos trabalhadores das roças o lançassem numa rede de conflitos de interesses com a metrópole. E não contava que a descoberta do amor lhe viesse a mudar a vida. É com esta história admiravelmente bem escrita, comovente e perturbadora que Miguel Sousa Tavares inaugura a sua incursão na escrita literária. EQUADOR foi o fruto de uma longa maturação e investigação histórica que inspirou um romance fascinante vivido num período complexo da história portuguesa, no início do século XX e últimos anos da Monarquia.
Miguel Sousa Tavares nasceu no Porto. Licenciado em Direito, abandonou a advocacia para se dedicar em exclusivo ao jornalismo. Ganhou os principais prémios de jornalismo em Portugal e, em 2003, publica o seu primeiro romance, que rapidamente se transforma num best-seller.
Minha review no GoodReads
Tenho uma certa aversão a bestsellers e também não nutro qualquer simpatia por MST.
Talvez por isso demorei tanto tempo a ganhar coragem para ler mais um “tijolo” tão aclamado pela crítica e leitores. De qualquer forma tentei que estes dois factores não me toldassem o espírito enquanto lia e escrevia esta minha opinião.
Portugal, Lisboa, São Tomé e Príncipe, início do século XX, escravatura, relações internacionais, fim da monarquia, intriga política, vida boémia e paixões avassaladoras, enfim todos os ingredientes para se tornar uma excelente história.
Até que gostei do início!
A escrita é fácil e acessível mas com alguns toques de "intelectualoide" à mistura.
O trabalho de pesquisa foi muito bem feito e as descrições de Lisboa, de São Tomé e Príncipe e do exotismo da Índia são fantásticas, conseguindo mesmo transportar-nos para o local e época retratada. Talvez seja este o ponto mais positivo do livro.
No que diz respeito às personagens a dupla Luís Bernardo e David está muito bem conseguida.
Ambos jovens, cultos, não alinhados com os ideais de uma sociedade decadente e com uma visão “muito à frente” levando em consideração a época.
As personagens femininas são tão fracas que nem merecem comentário.
Estava à espera de um livro de ficção-histórica, com menos descrições e mais realidade do que se viveu naquela altura mas no final temos as aventuras e desventuras amorosas de Luís Bernardo. Há quem goste…eu nem por isso!