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[Opinião] O meu nome é Emilia del Valle - Isabel Allende

                                    



Série: -

Autor: Isabel Allende

Data de Leitura: 01/10/2025 ⮞ 11/10/2025

Classificação: 


Sinopse

São Francisco, 1866. Uma freira irlandesa, abandonada após uma tórrida relação com um aristocrata chileno, dá à luz uma menina a que chama Emilia del Valle. Criada com devoção pelo seu carinhoso padrasto, Emilia tornar-se-á uma jovem autónoma e independente, que desafiará as normas sociais do seu tempo para seguir a sua verdadeira paixão: a escrita.

Com apenas 17 anos, publica o seu primeiro romance de cordel, sob pseudónimo masculino. Quando o mundo da ficção se revela incapaz de conter o seu desejo de aventura, Emilia opta pelo jornalismo. No San Francisco Examiner, conhece o talentoso Eric Whelan, com quem partirá para o Chile, para cobrir a iminente guerra civil.

À medida que a guerra se intensifica, Emilia vê-se em perigo de vida e numa encruzilhada, colocando em questão a sua identidade, as suas raízes e o seu destino.


Minha review no GoodReads


Isabel Allende é uma contadora de histórias de mão cheia.

Em O Meu Nome é Emilia del Valle, a autora regressa ao território que domina: o das mulheres que se fazem a si mesmas, num mundo que insiste em dizer-lhes quem devem ser. A protagonista, filha de uma noviça irlandesa e de um aristocrata chileno, cresce entre dois mundos — o da devoção e o da rebeldia — e aprende desde cedo que o destino das mulheres só muda quando elas próprias o escrevem.

Emilia é uma personagem curiosa e com sede de liberdade, uma alma indomável. Começa como romancista escondida atrás de um pseudónimo masculino, mas acaba por encontrar a sua verdadeira voz no jornalismo, ao lado do colega Eric Whelan. Juntos, partem para o Chile em plena guerra civil — e é nesse cenário de destruição e descoberta que Emilia confronta o passado, o amor e o sentido de pertença.

O livro não traz grandes surpresas, mas compensa com a delicadeza dos afectos e com a força das convicções. Há aqui ecos das grandes heroínas de Allende: livres, indóceis, criadas pela força das palavras.

Foi um tempo bem passado. A história é cativante, as personagens têm densidade emocional e o enredo oferece uma boa combinação de romance, aventura e reflexão. Não é a obra mais arrebatadora de Allende, mas é uma leitura sólida, bonita e inspiradora.

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