Título: Os Buddenbrook
Série: -
Autor: Thomas Mann
Data de Leitura: 03/04/2021 ⮞ 02/05/2021
Classificação: ⭐⭐⭐⭐⭐
Sinopse
Os Buddenbrook narra a ascensão e a decadência de uma família burguesa alemã através de quatro gerações. Mais do que a crónica em torno da vida e costumes dos seus personagens, este romance é a metáfora exemplar das contradições e dilemas de uma classe, cujo poder e domínio se constroem sobre a fraude, a hipocrisia e a alienação. Ao mesmo tempo, como posteriormente acontecerá nos seus principais romances, Thomas Mann propõe e desenvolve o tema da arte como a instância privilegiada em que o homem pode reflectir sobre si, a sua época e o seu meio.
Minha review no GoodReads
Thomas Mann - Prémio Nobel da Literatura, 1929
"principalmente por seu grande romance, Buddenbrooks, que ganhou reconhecimento cada vez maior como uma das obras clássicas da literatura contemporânea"
É difícil acreditar que Mann tenha escrito Os Buddenbrooks quando tinha 25/26 anos, mas é fácil perceber porque é que pertence aos poucos laureados com o Nobel cujo título da obra está citado na justificação para o prémio.
Os Buddenbrook é a história de quatro gerações de uma família, com foco principal na terceira geração, e a sua decadência. Está escrito de uma forma lenta, com muita atenção aos pormenores e com descrições detalhadas de alguns episódios.
O declínio não é contínuo, mas a família está lentamente a morrer.
Durante todo este processo vamos assistindo ao relacionamento entre pais e filhos, as angústias familiares e sociais, os sacrifícios que as mulheres devem fazer pela família e pela firma, o declínio de toda uma tradição aristocrática e também de um império germânico milenar.
Esta obra-prima entra directamente para a prateleira dos favoritos.
A morte era uma felicidade, uma ventura tão profunda que só podia ser verdadeiramente avaliada em momentos abençoados como aquele. A morte era o regresso de uma odisseia de indizível sofrimento, a correcção de um erro crasso, a libertação dos mais terríveis grilhões e barreiras. A morte era a reparação de um mais que lamentável infortúnio.