Título: O Menino de Cabul
Série: -
Autor: Khaled Hosseini
Data de Leitura: 23/08/2021 ⮞ 21/09/2021
Classificação: ⭐⭐
Sinopse
No inverno de 1975, em Cabul, tudo o que Amir mais deseja no mundo é ganhar um concurso de papagaios para poder impressionar o seu pai, e Hassan, o seu amigo inseparável, está determinado a ajudá-lo. Mas, na tarde do concurso, um terrível acontecimento vai destruir os laços que unem os dois rapazes para sempre. E, mesmo quando a família de Amir é forçada a fugir do Afeganistão após a invasão soviética, Amir sabe que um dia terá de regressar à sua terra natal em busca de redenção.
Minha review no GoodReads
O menino de Cabul, pelo que percebi, é uma semi-autobiografia cheia de acontecimentos históricos, bem como as memórias de infância de heróis e vilões.
É uma história de amizade entre rapaz rico e rapaz pobre, das traições, de sacrifícios e de amor, que se pretende arrebatadora, num cenário de guerra e destruição de uma sociedade.
Tinha tudo para agradar, mas houve um pormenor que me incomodou durante toda a leitura:
Onde estão as mulheres?
Pois é, não estão!
Ou melhor, as poucas mulheres que surgem na história estão mortas, desaparecidas ou ausentes.
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| The disappearance of the woman, Boushra Almutakawel |
A mãe de Amir morre no parto, a mãe de Hassan desaparece após o seu nascimento.
A única mulher presente no romance é Soraya que é infértil. Ela é imperfeita porque é despojada da capacidade de conceber crianças. Amir, o seu marido, o homem e o herói, é o que tem a solução: adopta Sohrab.
Analisando com um olhar muito crítico parece que se pretende substituir a maternidade com a paternidade, através da ausência de mães (e mulheres) e da presença de pais (e homens), para fortalecer o patriarcado.
Por este motivo não consigo dar-lhe mais que 2 estrelas.