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[Opinião] Metamorfoses - Ovídio


     

         

Título: Metamorfoses

Série: -

Autor: Ovídio

Data de Leitura: 08/03/2020 ⮞ 22/11/2020

Classificação: 


Sinopse

As Metamorfoses são uma das obras-primas da Antiguidade Clássica. E, ao longo dos séculos, poucos textos exerceram tão singular fascínio e tanta influência, sobretudo nos campos da literatura e das artes plásticas, desde o Renascimento até aos nossos dias. Com a sua mestria de ‘contador de histórias’ e ‘pintor de cenários’, Ovídio legou-nos episódios e figuras imortais, depois recriados vezes sem conta. Faetonte, Midas (o do toque de ouro e das orelhas de burro), a tecedeira Aracne, Dafne, Polifemo e Galateia, Narciso, Filomela, Actéon, Dédalo e Ícaro, Orfeu e Eurídice, Pigmalião, entre tantos outros, passaram a pertencer à galeria das personagens eternas da Cultura Ocidental.


Minha review no GoodReads

Isto foi uma grande empreitada, concluída com sucesso.

As Metamorfoses são um poema composto por quinze livros que reúne mais de 250 episódios (gregos e romanos), uns mitológicos outros não.
Ao longo destes 7 meses li, pesquisei, estudei e reli a maioria dos episódios desta obra, e adorei todos os minutos que passei com os heróis destas histórias, mas no meu coração ficaram:

Apolo e Dafne
Píramo e Tisbe
Perseu e Andrómeda
Medusa
Báucis e Filémon
Pigmalião
Mirra
Vénus e Adónis

Este vai directo para a prateleira dos favoritos.



Citações

Faltava ainda um ser mais sublime que estes, mais capaz
de conter uma alta inteligência, que pudesse reger os outros.
Nasceu então o homem. Este, ou o fez de semente divina
(...) ou então a terra recente, separada há pouco do alto éter,
talvez ainda contivesse sementes do céu, seu parente, terra
que o filho de Jápeto, misturando com água da chuva,
moldou à imagem dos deuses que governam tudo.

****
O primeiro amor de Febo foi Dafne, filha de Peneu. Não foi
o acaso ignaro a induzir-lho, mas a cólera cruel de Cupido
**** 
É impossível não nos maravilharmos com estas histórias.
****

Ó tu, de longe o mais querido para mim dos filhos do irmão meu, que comigo erigiste, em vão, de Tróia as muralhas, não gemes quando contemplas esta fortaleza que sucumbirá em breve? Não sofres com os milhares de mortos que na defesa dos muros cairam? Para não referir todos, não te vêm à mente a sombra de Heitor, arrastado pelo chão à volta da sua Pérgamo?
**** 
Concluí agora uma obra que jamais a ira de Júpiter ou o fogo
conseguirão apagar, ou o ferro, ou o passar do tempo voraz.