Título: Medeia
Série: -
Autor: Eurípides
Data de Leitura: 05/09/2019 ⮞ 05/09/2019
Classificação: ⭐⭐⭐⭐⭐
Sinopse
EURÍPIDES (Salamina c.484 – Macedónia 406 a.C) é, em data, o último dos maiores trágicos atenienses e, foi em vida, o menos apreciado dos três, pois só quatro vezes foi premiado. Os dois últimos anos passou-os em exílio voluntário na corte de Arquelau da Macedónia. Pode, porém, dizer-se que a posteridade o recompensou largamente: ao contrário de Ésquilo e Sófocles, de quem só se conservam sete tragédias completas, temos dele dezanove peças (das quais uma é um drama satírico e outra talvez espúria). Supõe-se que esta feliz singularidade se deverá ao facto de se terem juntado a uma selecção de dez, do canôn alexandrino, mais nove das obras completas (o que explicaria que os títulos desse grupo se alinhem por ordem alfabética). A vida de Eurípides atravessa o período mais brilhante da história grega (uma tradição dizia-o nascido no dia da batalha de Salamina), seguido das angústias da guerra do Peloponeso. Culturalmente, é também o tempo do magistério de Sócrates e dos grandes Sofistas. Muitos o viram, no começo do séc. XX como "O poeta do Iluminismo grego" (W. Nestle) e mesmo como "Eurípides, o Racionalista" (A. W. Verall). Porém um estudo célebre de E. R. Dodds ("Eurípides, o Irracionalista", 1973) veio responder àquela visão certa, mas unilateral, do poeta que escalpelizou as reacções da alma humana, quando sujeita a forças para além da razão, com uma mestria incomparável (Medeia, Hipólito e, sobretudo, As Bacantes) ou pôr em cena o sofrimento das vítimas da guerra (Hécula, As Troianas). Outras peças, porém, dificilmente se enquadram no conceito de tragédia (Íon, Helena). Apesar destas oscilações, foi a ele que Aristóteles classificou de "o mais trágico dos poetas".
Minha review no GoodReads
Tu não havias de gozar uma doce vida,
depois de teres desprezado o
meu leito, escarnecendo de mim.
