Translate

Pesquisar neste blogue

[Opinião] A Profeta - Maria Francisca Gama

 



Título: A Profeta

Série: -

Autor: Maria Francisca Gama

Data de Leitura: 25/02/2024 ⮞ 01/03/2024

Classificação: 


Sinopse

UMA NOVA VOZ DA FICÇÃO PORTUGUESA APRESENTA UM LIVRO ORIGINAL E PROFUNDO. A profeta , de Maria Francisca Gama, junta a descrença na religião e a necessidade de seguir alguém cegamente, o desejo de vingança e a procura do amor. «Sei que, mais cedo ou mais tarde, todos saberão quem sou. Que estarão à minha procura, que falarão sobre mim, que viverão na tentativa inútil de se assemelhar à minha imagem. Teremos apenas de aguardar. Vocês e eu.» Mariana é uma jovem mulher solitária. Tem um emprego do qual não gosta, passa os dias e as noites sozinha a ler um livro misterioso. Sente um profundo desprezo pela Humanidade, mas não consegue evitar ajudar quem precisa, mesmo que a ajuda venha na forma de um frasquinho de veneno indetetável. Através das pessoas com quem se vai cruzando, todas vítimas de alguém, Mariana vai eliminando o mal do mundo e, ao fazê-lo, junta uma legião que jura segui-la para sempre, como a uma profeta. Neste livro, Maria Francisca Gama faz uma reflexão sobre a religião, o certo e o errado, e a aleatoriedade de acontecimentos que em segundos destroem uma vida. É a incapacidade de aceitação e a busca por uma justiça pina que, não chegando, é feita pelas próprias mãos.


Minha review no GoodReads


2,5 ⭐️

Maria Francisca Gama, natural de Leiria mas actualmente residente em Lisboa, cruzou o meu caminho através de duas entrevistas: uma N’A Caravana de Rita Ferro Alvim e outra no programa Vale a Pena, apresentado por Mariana Alvim. Ambas as ocasiões despertaram a minha curiosidade em relação ao seu livro A Profeta.


Com um início enigmático


Sei que, mais cedo ou mais tarde, todos saberão quem sou.

(…)

Teremos apenas de aguardar. Vocês e eu.


a autora introduz um tom intrigante que promete revelações futuras.


Mariana, uma figura desafiadora, assume o papel de narradora neste romance. Descrita como uma mulher sem moral, sem escrúpulos e manipuladora, com um sentido de justiça muito peculiar, ela oferece uma perspectiva única às histórias apresentadas. No entanto, apesar do potencial para tornar a narrativa mais cativante, a semelhança nas vozes das personagens e a homogeneidade na estrutura dos capítulos podem tornar a leitura um tanto monótona. Uma maior diversidade na caracterização das personagens e na estrutura dos capítulos trariam um maior benefício à leitura.


É inegável a habilidade de escrita de Maria Francisca Gama, uma jovem de apenas 26 anos. Com o amadurecimento, é possível antever uma evolução na sua capacidade de criar obras de maior profundidade e impacto.