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[Opinião] A Cor Púrpura - Alice Walker

 


Título: A Cor Púrpura

Série: The Color Purple Collection #1

Autor: Alice Walker

Data de Leitura: 18/03/2024 ⮞ 24/03/2024

Classificação: 


Sinopse

Celie, de 14 anos, escreve cartas a Deus para tentar compreender o que lhe está a acontecer. Órfã de mãe, abusada pelo homem a quem chama “pai”, separada da irmã, Netie, privada dos dois filhos e oferecida em casamento a um homem que a maltrata, considera-se «uma negra, pobre e feia”. Até que conhece Sugar, a amante do marido. Com a ajuda de Sugar, «a mulher mais linda» que ela viu na vida, Celie descobre não só o paradeiro da irmã desaparecida mas também o próprio corpo, o prazer, o amor e, acima de tudo, a sua voz.

Romance epistolar composto pelas cartas que Celie endereça a Deus com uma honestidade brutal e pelos relatos de viagem que Nettie lhe envia de uma missão em África, A Cor Púrpura aborda temas como a violência brutal a que estavam sujeitas as mulheres negras no início do século XX, a relação dos negros com o seu passado de escravatura, e a busca do espiritual num mundo cruel e sem sentido.

Galardoado com o prémio Pulitzer e com o National Book Award para o melhor livro de ficção, A Cor Púrpura foi adaptado ao cinema em 1985 por Steven Spielberg e nomeado para 11 Óscares.


Minha review no GoodReads

 

Olha pra ti. Tu é preta, pobre, feia, tu é mulher. Possa, tu não é nada!

Não sabia nada sobre A Cor Púrpura.
Nunca tinha lido a sinopse nem tinha visto o filme do Spielberg. E não, não morava em nenhuma caverna nos idos dos anos 80. Foi só um daqueles mega sucessos que nunca me chamou a atenção.

Mas mais vale tarde que nunca para colmatar essa falha.
E em 2024, 42 anos depois do livro ser publicado aqui estou eu.

Do livro, da história e da mensagem não vou dizer nada até porque pouco há a acrescentar.

Quanto à tradução no geral, está de parabéns a tradutora que realmente conseguiu transmitir uma representação mais autêntica das vozes das personagens e da comunidade a que pertencem.

Este exercício de tradução, arriscado e controverso, teve por intuito destruir «a pacatez de leitura […], subvertendo a norma comunicativa do português-padrão de ­Lisboa» (como diz Pires Laranjeira a propósito da escrita de Luuanda), e não criar uma caricatura racista dos falantes lusófonos de origem africana, acusação de que, infelizmente, a própria Alice Walker foi alvo aquando da publicação de A Cor Púrpura.

 

Foi um bocado cansativo no início, mas nada que não se ultrapasse. O coração agradece.