Título: A Máquina do Tempo
Série: -
Autor: H. G. Wells
Data de Leitura: 31/05/2017 ⮞ 04/06/2017
Classificação: ⭐⭐⭐
Sinopse
Publicado pela primeira vez em 1895, A Máquina do Tempo consagrou-se como uma das obras primas da literatura universal e iniciou o período literário em que o homem é capaz de viajar no tempo e, por vezes, alterar o destino da humanidade. E, Wells começou aqui uma fantástica e aclamada produção literária, tantas vezes adaptada ao cinema e televisão, tendo sido a sua Guerra dos Mundos adaptada à rádio por Orson Wells e lançado o pânico nos Estados Unidos pelo seu impressionante realismo.
No final da época vitoriana, um cientista inventa a Máquina do Tempo e viaja até ao ano 802.700, onde encontra tudo mudado.
Nesta época, muito mais utópica, as criaturas que encontra pareciam viver em perfeita harmonia.
O Viajante do Tempo pensa poder estudar estes magníficos seres humanos, desvendar-lhes os segredos e regressar ao seu tempo. Até que descobriu que a sua invenção, o seu passaporte para a fuga, tinha sido roubada…
Minha review no GoodReads
3,5⭐
Nunca tinha lido nada de H. G. Wells e depois de ver o primeiro episódio de Passageiros do tempo (Time after time) resolvi dar uma olhadela ao livro A máquina do tempo. É um livro pequeno, por isso li-o “à velocidade da luz”.
H.G. Wells escreveu este livro aos 29 anos, em 1895. É considerado por muitos o criador da literatura de ficção científica e este é o primeiro livro que descreve as viagens no tempo.
Esta obra tem um carácter ideológico bastante vincado. Wells era membro da Sociedade Fabiana, que tinha como finalidade o desenvolvimento da classe operária com o objectivo desta assumir o controlo dos meios de produção. Atrevo-me a dizer que a máquina do tempo quase que serve apenas de embalagem para transmitir um discurso socialista. Não nos podemos esquecer que na época retratada vivia-se a revolução industrial, as fábricas empregavam velhos e crianças, não existiam direitos trabalhistas, as condições de trabalho eram assustadoras.
Aquilo que o viajante encontra no ano de 802.701 serve como metáfora intemporal àcerca da justiça social.
Existem duas raças, os Eloi e os Morlock. Estas representam a separação de classes.
Os Eloi, a classe dominante, representam a burguesia, amigáveis, felizes, vivem acima do subsolo. Já os Morlock, representam a classe operária, vivem no subsolo, são fisicamente fortes, não interagem com os Eloi e são temidos por estes.
O mais interessante é que Wells apenas expõe o problema da luta de classes sem nunca dar soluções para acabar com o conflito.
No geral gostei deste clássico. História curta e simples.
Senti falta de descrições mais ricas e detalhadas ao estilo Julio Verne, principalmente no que diz respeito à máquina do tempo.